sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Liberdade X Medo


Nascemos anarquistas. Não temos medo de nada, até aparecer um adulto com seus “não faça” e vamos alimentando o que não tínhamos e começou a fazer parte de nós, o medo.

O medo é a falta de segurança, é a vontade de fazer tudo, mas achando que qualquer pequena coisa vai dar errado. O medo nos bloqueia de atravessar a rua sem observar a nuvem, o medo nos bloqueia o modo de olhar no rosto da pessoa com medo de ser julgado, o medo nos impossibilita de amar, pois queremos é ser amado, idolatrado.

Plantam o medo uma única vez e nós o regamos de várias formas, não há necessidade disso, podemos, como diz o dito, matar o medo pela raiz, mas quem o faz?

Anarquistas graças à Deus. Medroso graças aos humanos.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Eu sou um muro

Sim, sou um muro, não de pedra e cimento, mas de carne e osso.

Muro pixado. As pessoas sempre sabem tudo sobre mim, dizem que sou assim ou assado, que sabem o que sinto, que, ao me ver já sabem como eu estou. Às vezes acho que seria uma janela então, de tão transparente assim...

Muro das lamentações. Sentar ao meu lado e falar da vida, ah que coisa normal, e fala, fala, fala, sem se importar em ouvir, lamentam, reclamam, se dão a resposta e no final um tapinha nas costas para agradecer.

Muro para segurança. Quando se sentem sozinhas, algumas pessoas se aproximam para se protegerem nas minhas costas, me fazendo ser uma fora de as esconder, ops, proteger. Seria melhor ser escudo então.

Muro para apoiar. Simples, chegam e se apóiam, vem com a ideia pronta, “jogam” essa ideia na minha frente esperando “tá muito bom, faça” como se apóiam em um muro para conversar ou ver a vida passar.

Muro despedaçado. É praticamente assim que chego ao fim do dia, um muro sem pedaços, sem forças, sem animo, uma coisa que fora usada da forma mais incorreta possível.


Muro, parede, concreto, cimento, e eu não, eu sou feito de sangue, pele, sentimento. Muro que quebra e cai, muro que a vida atrai. Muro.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Vida

Vida

É louca, é intensa, é breve, é rápida, é sem explicação, é com tudo ao mesmo tempo agora, é nos pregando sustos e surpresas, é nos alegrando e nos entristecendo.

Duas sílabas. Quatro letras. Uma a se viver.

Valorizamos
Idealizamos
Damos
Amamos

Essas vida da gente que não vemos no jornal, que não vemos na TV, que não ouvimos nas musicas. Que, sim, que a TV mostra de uma forma bonita e um modelo a seguir.

Prenda a sua e veja como estará. Não, não faça isso, viva, ame, dê sem querer receber, vá e volte, e conte tudo.

Viva sua vida, da maneira que for, ela é única, é sua, é pra ser vivida.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Vida

A vida te cobra
Mas a vida te dá
A vida te oferece
E também te retira
A vida é curta
Mas longa se a souber aproveitar
A vida é decisiva
Para quem souber aproveitar
Cedo ou tarde
A vida vai demonstrar
Que tudo que tu fez
Valeu a pena apostar

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cheio

O copo está cheio assim como o pneu
Meu corpo está quente mesmo longe do seu
Meu presente é consequência do que o passado me deu
 

A vida caminha, cada dia para um lugar
Se eu ficar quieto, nem consigo mais respirar
Meu futuro será consequência do que no presente eu me dar.


Percebi que a cabeça mal pensa nas coisas que eu quero
Tenho vivido uma correria, nem sempre eu espero
Meu futuro será bem melhor, assim eu espero.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Luzes

A cozinha está sem luz, a lâmpada insiste em não ascender. Liguei o radio e a voz rouca cantava em inglês para eu ter paciência e seu assobio me persegue.

Na tela de uma tv sem som o programa de esporte fala do Barcelona que não teve Messi e da destruição da torcida do Corinthians.

Eu com sono, mas com vontade de escrever, mesmo com esse calor insuportável que faz em São Paulo, pego o IPad e nada me impede, a não ser o ícone da bateria avisando que falta pouco, pouca bateria no iPad ou em mim?

Perguntas, sentimentos, bocas e caras e o som fica pesado com o grito do cara dizendo que quer cinco minutos sozinho, sim, sou uma inconstância no que ouço. Já tem uns bons dias que "amigos" perguntam sobre meu sumiço. Eu não sumi, estou no farol, no transito, no banco, enfim, em todos os lugares, mas menos tempo online em sites com perca de tempo, gostei, cansei, deletei, voltarei?

A música muda, está na hora de ir, o que era agressivo tempos atras, agora é mais popular, todo mundo precisa de dinheiro, de status será que eles se venderam?

Na espera da outra música vejo na tv que Messi entrou no jogo e saiu de maca, não deu tempo para colocar áudio, o comercial foi mais rápido, mas com internet quem precisa de tv?

Aff, a música que começou é de uma banda inglesa que imita os Beatles em tudo, será que alguém não quer matar o vocalista? Mas a banda acabou e minha paciência também, vou levantar e dar um jeito na lâmpada da cozinha.

E meus dedos doem, digitar via touchscreen é legal, mas cansa.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A cabo

Tudo está ligado a cabo, por um fio.
Seja a vida ou a pólvora de um pavio.
Sempre que escurece, vem um ar sombrio
Ouço vozes, ouço passos e tudo me dá um arrepio.

Não sei a quantas ando
Não a quantas mais quero andar
Sei que não me espanto
Com noticias a chegar

Um cabo une, segura, amarra
Um fio conduz, dá força, faz passar
E se tudo eu resolver desligar?
Como ficará minha cara?

O susto foi demais, a dor está presente
Noticias que mudam como a correnteza
Não quero esperar, mas um dia estarás ausente
E no céu vamos nos encontrar, essa é a certeza.

(escrevi pensando em minha vó, que sofreu um infarto e está melhorando)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Troquei de tênis

Queria e precisava caminhar mais, ir mais longe, ultrapassar limites, barreiras, pessoas.

Quando eu o calcei já senti a diferença, me imaginei em lugares nunca dantes caminhados por mim ou por outro ser humano.

Comecei a andar, logo senti algo no pé, uma dor, um formigamento, não havia percebido que eu já tinha gasto minha sola, e que o problema não era o tipo do calçado, mas sim eu mesmo.

Pois é, a maioria das vezes o problema está embaixo de nosso nariz, mas a gente teima em trocar a camisa, a calça, o sapato, as meias, e nunca trocamos a cabeça.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Como nossos pais?


Como nosso pais? Mas por que? O que temos ou fazemos de igual? E de diferente?
Nossos pais lutaram para a queda da ditadura, derramaram sangue nas ruas, e o que nós fazemos é somente dizer que “como brasileiros não desistimos nunca”, mas não desistimos do que?
Não é só uma questão de DNA não, mas de tudo que se faz, que se fez e do que será feito. Alias, qual a mensagem que seus pais deixaram para você? E as gerações passadas? Será que tudo era fácil como hoje em dia?
Hoje temos total acesso a todas as informações, a qualquer conteúdo, tudo está em todos os lugares, mas há tempos não era assim. O pensamento deles era vigiado. Tudo que eles faziam tinha que seguir a determinada ordem, tinha que ser daquele jeito.
Vivemos com eles num mesmo tempo, mas em tempos diferentes.
Meu avô é muito mais revolucionário que meu pai. Meu pai é careta, nada pode ser feito por ninguém, pois vai dar errado. O excesso de segurança é um zelo da idade dele, que nem meu avô nem eu temos.
Não podemos ficar presos em uma jaula invisível, não podemos recriminar ou podar, a liberdade de expressão é um direito de todos, e todos podem se expressar da forma que quiserem.
Amanhã eu serei o pai, e meu pai será o avô. E quem será o careta da historia?

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Baseado em Lulu Santos


Sei lá se sou fã do cara, sei  lá  se o acho arrogante, sei  lá .

Sei que também não pedi para nascer e não nasci para sofrer, não nasci para me perder.

Sei que fiquei sempre esperando um certo alguém, que mudasse o meu destino, e me desse a mão para ser a minha estrela, mas sempre achei que seria bobagem a mania de fingir quem nega a intenção.

Minha mãe sempre me falou que eu sofreria no mundo a fora, que apanharia muito, mas que eu poderia voltar para casa, que teria tudo como sempre tivera.

Pois eu sei que amanhã pode não ser nada disso, mas ai só eu poderei esquecer, mesmo sabendo que ninguém precisa saber de nada. O que eu gosto ou que faço só cabe a mim entender.

Independente de ela me fazer tão bem e eu querer fazer as mesmas coisas por ela, eu sei que o amor é mole como requeijão, e isso só aumenta minha paixão, mesmo achando que eu possa te ganhar e te perder.

É, eu sei que sou o ultimo romântico, mesmo a amando calado, como quem ouve uma sinfonia ou um disco de heavy metal, é que assim vejo que quando me calo é que falo mais ao coração.

A dancinha do Lulu, independente se estava mostrando como era o novo modo de caminhar dessa humanidade ou se era a maneira dele sair do mar, de pular as ondas, sei que isso marcou muito, atingindo tanto a zona norte como a zona sul. Afinal, tolice é viver a vida sem aventura, e nisso ele tinha razão.

Ele me fez querer ir para a Califórnia quando eu nem conhecia a rua de trás da minha casa, me fez pensar em parar de jogar futebol para ir tocar guitarra na TV, mas eu nunca coordenação com as mãos como tive com os pés, mas o destino, ah o destino, fez com que eu quebrasse meu pé no momento mais crucial da minha vida e eu deixei de jogar futebol... perdi as contas de quantos barrancos eu cai, mas sobrevivi.

Muitos rastros de incompreensão eu deixei, mas ninguém me procurou para tentar entender, mas fui curado, pelo amor, sim, pelo seu amor.

Mas ficou tudo azul, tudo como deveria ser, afinal nós somos medo e desejo, sempre. E sempre vi a vida melhor no futuro, mas esse futuro não chega? E quando vai chegar? Hoje o tempo voa, escorre, escapa, foge, mas sempre corro atrás de tudo que quero fazer, para não perder tempo.

Tenho a habilidade de dizer mais sim do que dizer não, porque quero viver tudo que há para viver, tentando de toda forma encontrar a cura.

Muitas vezes fiquei esperando alguém que pudesse estar no ar, que nunca passou um SOS ao menos para meu coração, mas que tenho adivinhar o que eu queria, o que eu esperava, e não era somente nos meses de Vindimiário, Brumário ou Frimário que esperava o outono para ver o clima mudar, e me alegrar.

Puxa, lembrei todas essas canções sem consulta, sem pesquisar algo que não fosse minha memória, minha vasta memória, com a condição de fazer o melhor, porque não sou diferente de ninguém, não quero causar impacto, nem tão pouca sensação o que eu digo é o que eu digo é o que cabe.

Eu paro aqui, por que tem certas coisas que eu não sei dizer...