Sei lá se sou fã do cara, sei
lá se o acho arrogante, sei
lá .
Sei que também não pedi para nascer e não nasci para
sofrer, não nasci para me perder.
Sei que fiquei sempre esperando um certo alguém, que
mudasse o meu destino, e me desse a mão para ser a minha estrela, mas sempre
achei que seria bobagem a mania de fingir quem nega a intenção.
Minha mãe sempre me falou que eu sofreria no mundo a
fora, que apanharia muito, mas que eu poderia voltar para casa, que teria tudo
como sempre tivera.
Pois eu sei que amanhã pode não ser nada disso, mas ai só
eu poderei esquecer, mesmo sabendo que ninguém precisa saber de nada. O que eu
gosto ou que faço só cabe a mim entender.
Independente de ela me fazer tão bem e eu querer fazer as
mesmas coisas por ela, eu sei que o amor é mole como requeijão, e isso só
aumenta minha paixão, mesmo achando que eu possa te ganhar e te perder.
É, eu sei que sou o ultimo romântico, mesmo a amando
calado, como quem ouve uma sinfonia ou um disco de heavy metal, é que assim
vejo que quando me calo é que falo mais ao coração.
A dancinha do Lulu, independente se estava mostrando como
era o novo modo de caminhar dessa humanidade ou se era a maneira dele sair do
mar, de pular as ondas, sei que isso marcou muito, atingindo tanto a zona norte
como a zona sul. Afinal, tolice é viver a vida sem aventura, e nisso ele tinha
razão.
Ele me fez querer ir para a Califórnia quando eu nem
conhecia a rua de trás da minha casa, me fez pensar em parar de jogar futebol
para ir tocar guitarra na TV, mas eu nunca coordenação com as mãos como tive
com os pés, mas o destino, ah o destino, fez com que eu quebrasse meu pé no
momento mais crucial da minha vida e eu deixei de jogar futebol... perdi as
contas de quantos barrancos eu cai, mas sobrevivi.
Muitos rastros de incompreensão eu deixei, mas ninguém me
procurou para tentar entender, mas fui curado, pelo amor, sim, pelo seu amor.
Mas ficou tudo azul, tudo como deveria ser, afinal nós
somos medo e desejo, sempre. E sempre vi a vida melhor no futuro, mas esse
futuro não chega? E quando vai chegar? Hoje o tempo voa, escorre, escapa, foge,
mas sempre corro atrás de tudo que quero fazer, para não perder tempo.
Tenho a habilidade de dizer mais sim do que dizer não,
porque quero viver tudo que há para viver, tentando de toda forma encontrar a
cura.
Muitas vezes fiquei esperando alguém que pudesse estar no
ar, que nunca passou um SOS ao menos para meu coração, mas que tenho adivinhar
o que eu queria, o que eu esperava, e não era somente nos meses de Vindimiário,
Brumário ou Frimário que esperava o outono para ver o clima mudar, e me
alegrar.
Puxa, lembrei todas essas canções sem consulta, sem
pesquisar algo que não fosse minha memória, minha vasta memória, com a condição
de fazer o melhor, porque não sou diferente de ninguém, não quero causar
impacto, nem tão pouca sensação o que eu digo é o que eu digo é o que cabe.
Eu paro aqui, por que tem certas coisas que eu não sei dizer...