Seja a vida ou a pólvora de um pavio.
Sempre que escurece, vem um ar sombrio
Ouço vozes, ouço passos e tudo me dá um arrepio.
Não sei a quantas ando
Não a quantas mais quero andar
Sei que não me espanto
Com noticias a chegar
Um cabo une, segura, amarra
Um fio conduz, dá força, faz passar
E se tudo eu resolver desligar?
Como ficará minha cara?
O susto foi demais, a dor está presente
Noticias que mudam como a correnteza
Não quero esperar, mas um dia estarás ausente
E no céu vamos nos encontrar, essa é a certeza.
(escrevi pensando em minha vó, que sofreu um infarto e está melhorando)